Uma em cada 10 consultas nos mecanismos de buscas do Google serão afetadas a partir da chegada do novo algoritmo BERT.
Novidade que estará em pleno funcionamento na Search em nível global muito em breve, é a maior mudança provocada desde o lançamento do algoritmo Rank Brain há cinco anos.
A grande novidade é que o BERT dá ênfase cada vez maior para a linguagem natural e isso também segmenta ainda mais a pesquisa por perfil.
O que é o BERT?
O algoritmo BERT (Representações de Codificadores Bidirecionais dos Transformadores) foi lançado em nível global semana passada pelo Google e, em breve, estará em pleno funcionamento em todos os idiomas do mundo.
O BERT vai ajudar os mecanismos de busca a entender melhor as nuances e o contexto das pesquisas, além de entender as questões como um ser humano entenderia para proporcionar respostas mais relevantes.
O algoritmo chega com uma função mais específica para que os mecanismos de busca entendam melhor a palavra, que pode trazer ambiguidades e significados diferentes nas mais variadas línguas.
A palavra sozinha pode significar uma coisa, mas a medida que a sentença evolui, esse significado pode ser alterado.
Rank Brain permanece na ativa
Ainda que proporcione uma mudança significativa, ao analisar as consultas de pesquisas e proporcionar um aditivo no entendimento dos mecanismos de busca, o BERT não vai substituir o Rank Brain, que analisa o conteúdo das páginas e as consultas no índice do Google, ou seja, as páginas da web.
O Google é que fará a escolha sobre qual algoritmo vai proporcionar respostas mais relevantes ao usuário. Em certo momento pode usar o BERT, em outros o Rank Brain.
A chegada do BERT também torna a otimização das palavras bastante improvável, porque o Google está dando muita relevância para a linguagem natural. Ou seja, a relevância da palavra-chave vai diminuir.
Segundo Dawn Anderson, que é uma das maiores especialistas em SEO do mundo, na linguagem natural a relevância não é para dados estruturados, mas para o entendimento do que quer ser esclarecido na consulta.
Para ela, o significado das palavras tem a ver com o seu contexto. Por isso, o BERT, especialmente nas consultas por voz ou áudio marketing, que é outra tendência dentro do marketing digital, vai analisar tom de voz, sentimentos e muitos outros aspectos que abrangem a compreensão da linguagem natural.
Isso faz com que, apesar de as perguntas serem as mesmas, nem sempre os mesmos resultados sejam entregues para pessoas diferentes, porque as respostas serão apresentadas a partir da análise de um verdadeiro conjunto de fatores.
Como ter conteúdos para linguagem natural?
Mas qual conteúdo criar para análises da linguagem natural? Para Dawson, a principal dica é criar cabeçalhos que promovam a desambiguação das palavras, ou seja, evitar aquelas que tragam significados confusos. Por exemplo, a palavra “rosa” pode significar várias coisas, por isso, o contexto ganha relevância com o BERT.
Além disso, também é preciso sempre pensar em melhor acessibilidade, que prevê que conteúdos sejam acessados e compreendidos por qualquer usuário .
Por isso, utilizar estruturas claras pode ajudar a transformar dados não estruturados em dados semiestruturados. A utilização de páginas leves de conteúdo também vão ajudar em um melhor posicionamento nos mecanismos de buscas.
Para ajudar a preparar conteúdos ainda mais adequados, uma ferramenta do Google Cloud também pode ser muito útil. Denominado Linguagem Natural, esse recurso auxilia a verificar se o conteúdo está de acordo com as análises para linguagem natural no Search.
É preciso ficar atento a essas mudanças que serão promovidas na entrega de resultados da Search para entender se o seu site foi impactado por elas. É importante lembrar que a linguagem natural será cada mais valorizada pela inteligência artificial.