No Fórum E-Commerce Brasil 2018, que foi realizado de 14 a 16 de agosto, em São Paulo, diversos especialistas apontaram tendências para o setor nos próximos anos, como o crescimento da inteligência artificial no atendimento a clientes e a necessidade de ambientes prazerosos e despressurizados para atrair e reter talentos de tecnologia nas equipes das empresas e a velocidade na mudança das estratégias. O Fórum trouxe palestrantes nacionais e internacionais para abordar temas como vendas, marketing digital, competitividade, estratégias no varejo, conversão de clientes, Recursos Humanos, e outros assuntos ligados do ramo. Um deles foi o CMO da empresa norte-americana 1-800-Flowers, Amit Shat, que apontou que nos próximos cinco anos, a inteligência artificial vai ganhar muito mais peso e a voz será a principal interface, seguida da realidade aumentada. Para ele, é de extrema importância que as pessoas que cuidam do marketing das empresas fiquem atentas a essas tecnologias que farão a diferença nos resultados, porque relacionamento e conversas hoje são a principal arma do marketing. E não dá para negar o crescimento do uso dos chatbots pelas empresas, considerando que as conversas estão seguindo um patamar de mais personalização e naturalidade dos assistentes de voz. Para confirmar a crença nestas tecnologias e confirmar que o futuro já chegou na área do marketing na 1-800-Flowers, Shat citou que usa na sua empresa, além dos bots, ferramentas como mensagens instantâneas, comunicação por voz e até um sistema desenvolvido em parceira com a IBM para envio de flores para pessoas, cujo endereços físicos são desconhecidos por quem está enviando o presente. Mas se por um lado, as empresas estão aprendendo a lidar com as novas tecnologias, por outro, o desafio ainda é lidar com os humanos. E para falar sobre atração e retenção de talentos da nova geração, subiram ao palco do Forum, André Petenussi, CTO da plataforma Netshoes, e Bárbara Olivier, digital learning da Affero Lab. Para Petenussi, essa geração mais ansiosa pelos resultados financeiros acabam ficando pouco tempo nas empresas, o que gera uma alta rotatividade nos quadros funcionais. Então, como medida de atração, para que os novos contratados fiquem integrados à cultura da empresa e sintam lá como um local também prazeroso para se trabalhar, foram criados ambientes como áreas de lazer, áreas de descompressão e até mesmo um blog para que eles pudessem se expressar sobre qualquer tema. Para Bárbara, o desafio das empresas é também realizar a contratação certa, ou seja, primeiro conhecer, e depois traduzir e encontrar maneiras de aperfeiçoar o novo colaborador. Uma dica dela é que os líderes precisam compreender que o aprendizado é contínuo na vida, é uma tendência do mercado. Portanto, as empresas devem ser promissoras e dinâmicas para suas equipes, porque nenhum profissional quer se sentir estagnado na empresa. Para Bárbara, uma forma de integrar líderes e colaboradores, é estabelecendo parcerias entre essas duas pontas, criando laboratórios makers, meet ups, para que juntos façam experimentações, para que novas ideias surjam e as pessoas sintam-e valorizadas ao vê-las sendo implantadas. Para Amanda Bourlier, consultora de pesquisa da empresa Euromonitor, uma das palestrantes do Fórum, em três anos, qualquer estratégia fica ultrapassada, especialmente no e-commerce. E o relatório “Novos Conceitos no Varejo Digital no Brasil América Latina e Estados Unidos” confirma isso. De acordo com o documento, 80% dos brasileiros acessam a internet todos os dias e 70% deles querem maneiras de tornar sua vida mais prática, querem mais simplicidade, inclusive, com suas compras on-line. E esse já é um dado totalmente diferentes de anos atrás. Segundo Bárbara, até 2022, toda a população brasileira deve estar conectada à internet pelos smartphones, e com isso, a relação com o on-line fica cada vez mais contínua. Por isso, a valorização das experiências têm sido cada vez maior para os clientes, eles estão em contato ininterruptamente com as marcas que amam. Isso revela, que o cuidado com as lojas físicas deve ser ainda maior, porque quando chegam até elas, os clientes já pesquisaram tudo na internet e sabe exatamente o que querem, os colaboradores devem estar preparados para um melhor atendimento. Segundo a consultora, quem quer usar o smartphone das pessoas como um mecanismo de vendas tem como usar ferramentas como a realidade aumentada, realidade virtua e gamificação. Quem subiu ao palco do Fórum para falar sobre a importância das métricas para uma empresa de e-comerce foi Ângelo Vicente, da Ecadeiras. Segundo ele, indicadores e métricas são decisivos e apontam caminhos que devem ser observados e bem analisados. Para Vicente, o ecossistema de um e-commerce deve ser feito com boa saúde nos setores financeiros, operações, marketing, tecnologia, comercial e gestão de pessoas. Tendo como base essa visão macro, segundo ele é imprescindível ficar atento a métricas de cada setor que darão base de como a empresa está caminhando. Ele abordou algumas, como: Vicente ressalta que sem conhecer os resultados de cada um deste setor, fica muito mais complicado aprender e implantar melhorias diárias Como reter talentos?
A importância nas mudanças nas estratégias
Métricas no E-Commerce
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